quarta-feira, 17 de março de 2010

Por que aderir à greve?

Acredito que os professores da rede estadual de educação de São paulo que aderiram à greve tenham motivos subjetivos e objetivos variados para assim fazê-los, mas o que fica evidente nesta atitude é a insatisfação.
Não sou petista e não irei votar na Dilma. Não espero que a greve desate o nó da educação e nem mesmo que o professor volte dela com o salário justo que esperamos. Mas não poderia deixar de me manifestar e ser solidária aos meus colegas que, como eu, sentiram-se desrespeitados com o autoritarismo e as mentiras esfarrapadas veiculadas nos canais de Tv (os mais caros por sinal) pelo governo do estado, afirmando, entre outras coisas, que as crianças contam com dois professores em sala de aula. Promovendo o maravilhoso programa de valorização do magistério que aumetará o salário de apenas 20% dos professores que fizerem a avaliação proposta pelo governo.
Já nem vou discutir o bônus que hoje me parece dos males o menor. O bônus resolve o problema do professor em um mês. No resto do ano contamos mesmo é com nosso salário que não recebe reajuste há 12 anos. Não seria problema se a sexta básica, a passagem de ônibus, metrô, etc. não inflacionassem.
É a primeira vez que participo de uma greve. Estou procupada com relação ao entendimento de meus alunos a respeito de tudo isso, mas tenho a consciência limpa. Estou muito feliz que em minha escola a maioria dos professores tomou a decisão de demonstrar o mesmo sentimento de indignação. Professores inteligentes, coerentes, experientes, esclarecidos, o que qualifica ainda mais a ação.
Não seria coerente não parar e continuar reclamando do que considero injusto. Na passividade, como na maioria das vezes. Vendo a banda passar.

EM GREVE POR UM SALÁRIO DE VERDADE E UMA EDUCAÇÃO SEM MENTIRAS.

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