segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Repassando (brevemente) 2010

Faltando 4 dias para o término deste ano chegou a hora de retomar algumas novidades.
Iniciei um novo trabalho e ainda não sei se vou aguentar a dupla jornada tendo em vista principalmente outra grande novidade do ano que atenderá pelo nome (parece que agora está definido) de Viviane e tem apenas cinco meses de vida, dentro de mim, ainda.
É claro que minha vida com duas filhas terá uma ajuda pra lá de especial já que (lá vem outra novidade) minha mãe, meu pai e minha irmã, com sua família, já estão morando em Sampa. Tão pertinho que nem acredito... e num lugar bacana, gostoso. Apesar disso, sempre sentiremos muita falta de meu irmão que, por sinal, acabou de ficar noivo da Leidi. Mas estarão lá cuidando da casa e de suas vidas.
Terminei o mestrado, finalmente.
Me sinto mais leve, realizada, mas fim do ano foi tão agitado, com tantas novidades que agora, de férias, estou com uma sensação estranha de falta do que fazer... rs. Detalhe: já tenho uma lista com coisas pra fazer e um quarto pra decorar, ou renovar, pra receber a Vivi e deixar Maria Clara bem feliz. Mas vou aproveitar pra ficar com as pernas bem pra cima também e curtir bastante a família, enquanto eu posso.
É eu sei, 2010 foi bem intenso. Mas 2011 promete mais!!!
Feliz ano novo a todos!!!!!!!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Família é prato difícil de se preparar

"(...) São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida - azeitona verde no palito - sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano - quem diria? - solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias - que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar - tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo Aranha”, “Família à Rossini”, Família à “Belle Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” - em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é “à Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada - seriam assim um tipo de “Família Diet”, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Há famílias, por exemplo, que levam muito tempo para serem preparadas. Fica aquela receita cheia de recomendações de se fazer assim ou assado - uma chatice! Outras, ao contrário, se fazem de repente, de uma hora para outra, por atração física incontrolável - quase sempre de noite. Você acorda de manhã, feliz da vida, e quando vai ver já está com a família feita. Por isso é bom saber a hora certa de abaixar o fogo. Já vi famílias inteiras abortadas por causa de fogo alto.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete".

Fragmento do livro "Arroz de palma" de Fernando Azevedo compartilhado pela minha irmã com a família na ceia de natal ontem. Lindo!

Feliz Natal!

domingo, 14 de novembro de 2010

Tiririca e a democracia

Recomendo este artigo de Paulo Guiraldelli que foi super didático aproveitando o caso Tiririca pra falar um pouco sobre a nossa jovem e frágil democracia.
É necessário lutarmos por oportunidades reais de educação e por maiores espaços de exercício da democracia, pois ela é formativa e deve ser defendida sempre.
Apenas criticar o "povo" pelos políticos que elege não resolve nossos problemas.

http://ghiraldelli.pro.br/2010/11/12/a-perigosa-reacao-contra-tiririca/

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Novembrite

Impressão minha ou em novembro as pessoas já estão se arrastando pedindo fééériassss!!!!
Esse ano valeu mesmo por dois.
Trabalhando como louca (agora em dois empregos), defendo minha dissertação daqui a 14 dias(hoje fiz o depósito dos exemplares na universidade), procurando casa pra minha família morar (estão vindo pra Sampa... eeeeeehhhhh)e... gráááviiiiidaaaaaaaaaa!!!! Louca pra saber o sexo do bebê.
São Paulo faz isso com as pessoas.
Você procura um milhão de coisas pra fazer e depois fica se queixando que não tem tempo pra nada. Se acontece até comigo que sou mais da parcimônia...
Ano que vem paro seis meses pra balanço (não para descanso).
Tá decidido! Rs.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ontem assisti o programa da Oprah e fiquei perplexa com a situação limite de um casal que lida com uma filha de sete anos com esquizofrenia, doença que a aflige desde bebê. Jani ouve vozes e se sente perseguida. No caso dela, alucinações tomam a forma de crianças e animais imaginários. Ela tem uma amiga chamada “24 Horas”, um rato chamado “Quarta-feira” e um gato a quem ela deu o nome de “400” e que lhe manda fazer coisas ruins.
Os pais passam o dia tentando protegê-la, estimulando-a o tempo todo com atividade pra que ela não entre em seu "mundinho" e as alucinações iniciem.
Deus! Que provação. A menina toma dosagens de remédios receitados aos pacientes adultos com mais alto grau da doença. Desde os cinco anos manifesta agressividade exarcebada e os pais têm medo de que ela tente se matar (já tentou algumas vezes) ou machucar o irmão bebê.
Os pais fazem terapia, frequentam grupos de apoio, tomam antidepressivos e mesmo assim suas aparências mostram claramente o quanto isso já os afetou.
Eu já fico tão cansada quando a MC resolve testar os limites. Agora que está de férias, sem a rotina escolar, está tão teimosa, manhosa.
Tomando conhecimento de cases como da pequena Jani, mesmo sentindo por seus pais, um alívio me acomete e agradeço muito por não passar por adversidade extrema.
Quando somos pais de primeira viagem, não temos muitos parâmetros, modelos no dia-a-dia que nos mostrem o que está certo, o que é normal no desenvolvimento de nossos filhos. Mesmo sendo educadora por profissão, em vários momentos me vejo insegurança com minhas atitudes, ou falta de atitudes. Afinal, não existe receita nem manual 100% compatível com a diversidade das situações diárias de se educar uma criança. E desconfiem daqueles que prometem ser.
Por isso sentimos a necessidade de comparar com os filhos de amigos, daquela mãe que puxou conversa com você no playground, com os coleguinhas da escola... o que come, o que não come, o peso, a altura, o que fala, o que estuda, o que sabe fazer. Como professora, costumava achar isso uma coisa tão ridícula e como mãe não consigo me conter. E pior, a comparação pode servir para nos deixar aliviados ou ainda mais angustiados. Mas, quando acompanhada de preocupação real, sem muitas neuroses, com a saúde dos rebentos já é um bom indício de que se está no caminho certo.
Hoje acredito que é maneira saudável (quando sem exageros) de acompanhar o crescimento de nossos bem maiores. A razão de nossas vidas. Fonte de angústias e alegrias. De vida.
Não é?!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Seguindo em frente

Nossa! Minha última postagem foi em março. O clima estava pesado.
Terminada a greve sem resultados, arcamos ainda com os prejuízos.
Voltamos desanimadas, o desgaste foi grande, mas muito dispostas a recuperar o tempo perdido. E acredito que até o início das férias conseguimos isso.
Neste meio tempo recebi a família e amigos em casa, marquei a qualificação, passei no concurso da prefeitura e fui agraciada, fomos (eu e o RÔ), com um Encontro de Casais que foi marcante para os dois. O semestre valeu por um ano. Mas 2010 já prometia mesmo.
Fiz aniversário de nascimento. De casamento (6 anos). O tempo passa numa velocidade desesperadora.
As férias terminam nessa semana. Passou tão rápido (o tempo de novo). Se bem que não são férias mesmo, só um recesso pra dar sobrevida aos professores. Rs.
Que o ano prossiga animado mas leve... sem estresses...
Té!